terça-feira, 29 de agosto de 2017

Casos clínicos de eletroterapia

Eletroterapia (casos clínicos)


Obs. As respostas devem ser entregues por dupla no dia 18 de setembro de 2017 (antes do início da prova). Além disso, favor solicitar à monitora que ao assinar o documento a ser entregue insira confirmação de vivência prática em eletroterapia.

Os estudos de caso que se seguem demonstram os conceitos da aplicação clínica da estimulação elétrica discutidos em eletroterapia. Com base nos cenários apresentados, propõem-se uma avaliação dos achados clínicos e objetivos do tratamento. Em seguida, há uma discussão dos fatores a serem considerados na seleção da estimulação elétrica como a intervenção indicada e na seleção dos parâmetros ideais para que a estimulação elétrica promova progresso rumo aos objetivos do tratamento. 
ESTUDO DE CASO 1 - Toracalgia e Cervicalgia
Exame
História: DS é uma jovem mulher de 28 anos, que foi indicada para fisioterapia com diagnóstico de dor torácica e cervical. DS queixa-se de aumento gradual da dor no pescoço e trapézio superior ao longo das últimas seis semanas. Ela relata que sua dor é pior ao fim do seu dia de trabalho como caixa de supermercado e nota que a dor está mais frequente e intensa que no mês passado. DS afirma que sua dor aumenta com o levantamento e transporte de cargas e qualquer rotação do seu pescoço. Ela teve algumas horas de trabalho reduzidas este mês, por causa do quadro alérgico. Ela foi avaliada por um clínico e a radiografia da sua coluna cervical foi negativa. Ela não tem histórias de arritmias e não tem marcapasso.
Testes e Medidas: A paciente afirma que a intensidade da sua dor cervical é de 6/10. A ADM ativa da sua extremidade superior está dentro dos limites normais, sua força é de 4+/5 bilateralmente e ela está limitada pela dor no pescoço. Sua força no rombóide e trapézio superior é de 4-/5 bilateralmente. A rotação do pescoço e a flexão lateral estão 75% do normal, com a dor bilateralmente.  A flexão anterior é desconfortável nos 30% finais da amplitude. A extensão está dentro dos limites normais. À palpação existem significantes nódulos no trapézio superior bilateralmente e pontos-gatilho ao longo da borda medial de ambas as escápulas. DS nega parestesia ou dormência nas extremidades superiores.
Por que esta paciente é candidata à estimulação elétrica? O que deve ser incluído no seu programa de tratamento? Que outros agentes físicos podem ser úteis?

ESTUDO DE CASO 2 – Gonalgia (dor joelho) Medial
Exame
História: VP é uma mulher de 47 anos, faxineira, desenvolveu gonalgia medial 4 meses atrás. A cirurgia de artroscopia revelou uma ponta de desgaste da superfície troclear do fêmur, que foi então debridada. VP foi submetida a cirurgia 3 semanas atrás e foi encaminhada à clínica de fisioterapia para avaliação e tratamento. Ela tem tido dificuldade para estender sua perna direita e sustentar o peso total à direita ao caminhar e está incapacitada de trabalhar desde a cirurgia.
Testes e medidas: VP classifica quadro álgico direito em 8/10. À palpação do joelho direito da paciente, há ligeiro calor e hipersensibilidade. As incisões estão bem cicatrizadas. O perímetro no meio da patela direita é de 43 cm e da esquerda de 38 cm. A ADM articular do joelho direito é de 10 a 50 graus de flexão. VP deambula pequenas distâncias em casa sem a ajuda de aparelho, mas com o joelho direito em cerca de 15 a 20 graus de flexão em ortostatismo. Ela apresenta grau 4/5 de força de quadríceps à direita dentro da ADM possível.
Por que a estimulação elétrica seria uma boa escolha para esta paciente? Ela tem alguma contraindicação à estimulação elétrica? Quais são alguns objetivos apropriados?   

ESTUDO DE CASO 3 – Entorse lateral (inversão) de Tornozelo
Exame
História: MC é um jovem estudante de 23 anos. Ele lesionou seu tornozelo durante uma partida de futebol na escola. Ele foi visto pelo médico ainda em campo e diagnosticado com entorse lateral de tornozelo grau II. Seu tornozelo foi envolto em gelo e ele foi enviado ao vestiário para acompanhamento imediato do fisioterapeuta. O paciente foi orientado a usar muletas sem descarga de peso sobre o tornozelo lesionado para preservá-lo.
Teste e Medidas: A inspeção visual mostrou que o paciente mantém seu tornozelo em uma única posição com extrema hesitação para permitir ao terapeuta mover a articulação. A ADM passiva revelou restrições em todas as direções. A ADM é mínima. A articulação talofibular lateral está sensível ao toque, com descoloração indicativa de hemorragia por toda a face lateral e uma dificuldade para visualizar o maléolo lateral devido ao edema. A área está quente ao toque e apresenta uma leve hiperemia. O estudante está saudável e nega história de câncer, diabetes ou qualquer outro problema de saúde.
Que tipo de processo está ocorrendo no tornozelo deste paciente? Que tipo de estimulação elétrica seria mais útil? Que aspectos da lesão do paciente iria resolver? Que outros agentes físicos podem ser usados junto com a estimulação elétrica?

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Vivência prática princípios em eletroterapia

1). Ajustar o equipamento de eletroterapia (escolha de modalidade terapêutica de baixa frequência – TENS/FES) nos seguintes parâmetros T = 100ms e F = 75Hz.

2). Usar um dos canais de estimulação e colocar 1 eletrodo no aluno que receberá a eletroestimulação (ex. região anterior do ante-braço) e o outro na palma da mão do monitor ou outro aluno (dupla).

3). Monitor ou outro colega (dupla) deverá fazer contato do indicar com o corpo do colega (Ex. trajeto do músculo extensor superficial dos dedos do mesmo lado que foi fixado o eletrodo. Aumentar a intensidade até o monitor ou outro colega sentir a corrente na ponta do dedo que está efetuando o teste de "palpação elétrica" (formigamento = nível sensorial fraco).

4). Fazer “palpação elétrica” na área testada buscando pontos motores. Você saberá que encontrou estes pontos de maior sensibilidade elétrica ao perceber mais corrente passando pelo seu dedo. Esses locais são “pontos de baixa impedância elétrica” por onde a energia da corrente flui com maior facilidade e, por isso, são pontos ótimos para estimulação devendo ser utilizados como alvo para estimulação.

5). Localize e marque 2 pontos e peça ao colega que fale qual a impressão sensorial deixada pela corrente (Anotar e prestar atenção no tipo de formigamento, se é agradável ou desagradável).

6). Feito isso, diminua a frequência (F) para o mínimo que o aparelho permitir (ex. F = 10Hz).

7). Pedir ao colega que compare com a sensação anterior (Melhor? Pior?).

8). Aumentar a F para 150Hz e repita o passo anterior (Melhor ou pior que a anterior?).

9). Teste mais 2 frequências (F = 25Hz, F = 80Hz).

10). Perguntar ao colega qual a melhor F e em seguida mude a estimulação para o modo BURST e pergunte novamente (melhor? Pior?).

11). A estimulação terapêutica posterior à técnica do dedo deveria ser feita com os eletrodos colocados sobre os pontos que foram localizados, na frequência e modo que o paciente preferiu e com a intensidade fixada em nível sensorial forte.


Obs. Caso o colega relate algum desconforto quando a frequência for aumentada ou reduzida, reduza a intensidade da corrente.

domingo, 6 de agosto de 2017

CASOS CLÍNICOS – LASERTERAPIA BAIXA POTÊNCIA E ULTRASSOM TERAPÊUTICO


Caso 1 – Ultrassom terapêutico 
AC é uma mulher de 20 anos, estudante universitária. Ela sofreu ruptura completa de tendão calcâneo esquerdo 6 semanas atrás enquanto jogava voleibol, e o tendão reparado cirurgicamente 2 semanas depois. Ela foi encaminhada à fisioterapia com o objetivo de retornar à prática esportiva o mais rápido possível, livre de dor. Ela referiu discreto desconforto no local da incisão cirúrgica que aumenta quando anda. Sua perna ficou em uma tala gessada e AC andou sem descarga de peso sobre a perna esquerda, usando auxílio bilateral de muletas, durante 4 semanas no pós-operatório. A tala foi removida ontem, e ela foi instruída a andar realizando descarga parcial de peso de acordo com a tolerância, usando “bota” de salto. Ela foi instruída a evitar corridas e saltos por mais 6 semanas. 
Nos testes e medidas, a paciente apresentou restrição de ADM passiva para dorsiflexão de -15º na perna esquerda comparados com +10º na direita. Há também leve edema, rigidez e vermelhidão na área da incisão cirúrgica e atrofia da panturrilha esquerda.  Todas as demais medidas estão dentro dos limites de normalidade. 
Perguntas: 
  1. O que o edema, a rigidez e o eritema indicam? 
  1. Como o ultrassom pode ajudar esta paciente? 
  1. Que contra-indicações deveriam ser verificadas antes de aplicar o ultrassom nesta cliente? 
  1. Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação da técnica.  

Caso 2 – Laserterapia de baixa potência 
HO é um arquiteto de 38 anos de idade, portador de artrite reumatóide (AR). Foi encaminhado para a fisioterapia por causa da rigidez e da dor, particularmente nas articulações das mãos. Em tratamentos anteriores, ele foi instruído a fazer exercícios de ADM, atualmente realizados 3 vezes por semana. O trabalho do paciente inclui atividade manual no uso do computador e desenho dos projetos. Ele julga estar realizando essas tarefas de forma mais lenta, percebendo dificuldade para realizar alguns trabalhos de precisão. Demonstra preocupação de que isso afete a sua atividade laboral. 
A medicação de HO abrange ibuprofeno e metotrexato que proporcionam algum alívio à dor e rigidez das mãos. 
Nos testes e medidas, o paciente aparenta estar saudável de forma geral, embora caminhe de forma bastante rígida. Ele relata dor nas mãos na intensidade 4/10 em repouso e 7/10n com o movimento, e que as mãos apresentam rigidez particularmente nas primeiras horas matinais. A ADM encontra-se reduzida nas articulações de ambas as mãos, com leve desvio ulnas nas articulações metacarpofalangeanas 
Goniometria passiva em várias articulações: 
  • Flexão interfalangeana do polegar: D = 80º E = 80º 
  • Extensão IF do polegar: D = -20º E = -20º 
  • Flexão da articulação proximal IF do dedo indicador: D = 90º E = 90º 
  • Extensão da articulação proximal IF do dedo indicador: D = -20º E = -25º 
  • Flexão da articulação PIF do dedo médio: D = 100º E = 90º 
  • Extensão da articulação PIF do dedo médio: D = -20º E = -30º 
A força de preensão foi 4/5 bilateral, limitada pela dor e rigidez. 
Perguntas: 
  1. Quais seriam os objetivos para a laserterapia? 
  1. Que outras intervenções (cinesioterapia) deveriam ser consideradas? 
  1. Quais os cuidados e precauções antes do uso devem ser verificados antes de aplicar da laserterapia de baixa potência nesse cliente? 
  1. Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação da técnica.